quinta-feira, 31 de julho de 2008


CANÇÃO DE OUTONO


O outono toca realejo

No pátio da minha vida,

Velha canção, sempre a mesma,

Sobe a vidraça descida...,


Tristeza? Encanto? Desejo?

Como é possível sabê-lo?

Um gozo incerto e dorido

De carícia a contrapelo...


Partir, ó alma, que dizes?

Colher as horas, em suma...

Mas os caminhos do Outono

Vão dar em parte nenhuma!

(Mario Quintana)

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