domingo, 6 de julho de 2008

Selo Comemorativo: Jardim Botanico - RJ - 200 anos.

Série 200 Anos da Chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil Jardim Botânico do Rio de Janeiro – Ervas Populares

Em continuidade às comemorações dos 200 Anos da Chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil, os Correios emitem um selo que divulga o Jardim Botânico do Rio de Janeiro e ervas medicinais, valorizando as instituições públicas brasileiras e contribuindo para a divulgação e a preservação dos recursos naturais.
O Jardim de Aclimação, criado por D. João, em 13 de junho de 1808, tinha como objetivo aclimatar as especiarias vindas das Índias Orientais. Hoje, o Jardim Botânico do Rio de Janeiro tem como missão: “Promover, realizar e divulgar o ensino e as pesquisas técnico-científicas sobre os recursos florísticos do Brasil, visando o conhecimento e a conservação da biodiversidade, assim como a manutenção das coleções científicas sob sua responsabilidade.”
O Jardim Botânico tem como princípio de gestão a responsabilidade social, desenvolvendo, inclusive, atividades de educação ambiental. Por sua importância histórica, cultural, científica e paisagística, foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, e sua área definida pela Unesco como Reserva da Biosfera.
No final do século XVIII, a Rede Luso-Brasileira de Jardins Botânicos foi idealizada com o objetivo estratégico de propagar e aclimatar espécies nativas e exóticas, conforme padrão estabelecido pelos jardins botânicos europeus. Integrava esta rede o núcleo inicial do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, que abrigou e cultivou plantas de interesse econômico, como madeireiras, tintoriais e medicinais, compondo importante acervo vivo, destacando-se as ervas populares de uso medicinal.

Ervas Populares

A arte da cura por meio das plantas no período colonial agregava uma gama considerável de conhecimentos acerca de espécies com propriedades medicinais. Estas serviam às práticas terapêuticas empíricas promovidas por clérigos, boticários ou curiosos, face à escassez de profissionais e ao desconhecimento quanto aos males dos trópicos. A natureza exuberante exercia grande fascínio sobre os que aqui aportavam e, de modo particular, as plantas com poder curativo da nossa flora, que, em decorrência do uso popular, resultou em descobertas terapêuticas consagradas e referendadas pela ciência.

Melissa

Erva da Família Lamiaceae, a Melissa officinalis ou erva cidreira verdadeira, assim denominada popularmente, foi trazida ao Brasil pelos colonizadores europeus em suas caixas de botica, uma vez que seu extrato compunha um medicamento denominado água-de-melissa, muito utilizado, no passado, na assepsia de feridas e como calmante. Cultivada em hortas ou vasos, faz parte da farmácia caseira do nosso cotidiano. Seus múltiplos componentes conferem a esta planta propriedades medicinais de uso aromático, calmante, adstringente, antiespasmódico, antidispéptico, antisséptico, hipotensor, relaxante, tônico, revigorante da pele e repelente de insetos.

Copaíba

Árvore da nossa flora, pertence à Família Fabaceae, deu origem a um “remédio” da medicina tradicional que despertou o interesse de jesuítas, viajantes e habitantes da nova colônia. A Kupa’iwa, no idioma tupi, mereceu atenção especial, sendo referenciada no século XVI, pelo jesuíta José Acosta e pelo cronista Gabriel Soares de Souza, constando nas farmacopéias britânica, de 1677 e norte-americana, de 1820. Foi objeto de estudo do farmacêutico e químico Peckolt, sobre as virtudes de seu óleo, confirmando assim, o uso popular. Estudos demonstraram que o princípio ativo do óleo de diferentes tipos de copaíbas possui propriedades cicatrizantes, bactericidas, antiedematogênicas, antiinflamatórias, antitumorais e tripanossomicidas. O óleo de copaíba é empregado pela indústria na confecção de perfumes, cremes, gel, loções, colorantes, espumas de banho, xampus, vernizes, reveladores fotográficos, e também na composição de alimentos. Por esta razão, registros de patentes são requeridos freqüentemente, acarretando expressiva demanda pela espécie e pelo produto in natura.



Sobre o Selo

O selo divulga duas espécies de plantas populares utilizadas para fins medicinais, em cosméticos e prevenção de doenças endêmicas, bem como os 200 Anos do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Na composição da imagem, à direita, na parte superior, a espécie Melissa do Brasil está bem caracterizada, com as folhas largas e flores em forma de guirlanda de cor rosa-lilás. Na parte inferior, o destaque é a espécie Copaíba, ostentando ramos tênues em que vicejam pequenas folhas verdejantes, detalhes que lhe são peculiares. Complementando o conjunto, no canto superior esquerdo, a logomarca do Jardim Botânico, tendo acima a coroa Portuguesa, simbolizando os 200 anos da vinda da Família Real e a criação daquele Jardim. Foram utilizadas as técnicas de fotografia e computação gráfica.

Fonte: www.correios.com.br

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