O vento sopra lá fora.
Faz-me mais sózinho, e agora
Porque não choro, ele chora.
É um som abstrato e fundo.
Vem do fim vago do mundo.
Seu sentido é ser profundo.
Diz-me que nada há em tudo.
Que a virtude não é escudo
E que o melhor é ser mudo.
Fernando Pessoa
terça-feira, 2 de junho de 2009
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