Ando a chamar por ti, demente, alucinada,
Aonde estás, amor?
Aonde…aonde…aonde?…
O eco ao pé de mim segreda…desgraçada…
E só a voz do
eco, irônica, responde!
Estendo os braços meus! Chamo por ti ainda!
O vento aos meus ouvidos, soluça a murmurar;
Parece a tua voz, a tua voz
tão linda
Cantante como um rio banhado de luar!
Eu grito a minha
dor, a minha dor intensa!
Esta saudade enorme, esta saudade imensa!
E só
a voz do eco à minha voz responde…
Em gritos, a chorar, soluço o nome
teu
E grito ao mar, à terra, ao puro azul do céu:
Aonde estás, amor?
Aonde… aonde… aonde?…Florbela Espanca
sábado, 20 de fevereiro de 2010
Aonde…aonde…aonde?…
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Poetas luso
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