O céu é sempre o mesmo: as nossas almas
É que se mudam, contemplando-o. É certo.
Umas vezes está cheio de palmas;
Outras vezes é como um deserto.
Quem sabe quando vêm as horas calmas?
Quem sabe se a aventura vem bem perto?
Homem de carne infiel, em vão espalmas
As tuas asas pelo céu aberto.
O que nos cerca é a fugitiva imagem
Do que sentimos, do que longe vemos,
Sempre sofrendo, sempre em vassalagem,
A vida é um barco a voar. Soltem-se os remos…
Cada um de nós da morte é servo e pajem:
Somos feliz só porque morremos.
Alphonsus Guimarães
terça-feira, 15 de setembro de 2009
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Poesia - autor(a) brasileiro(a)
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