quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Tinta


Meu poema está morto do enfarto

sem rima, sem beleza, sozinho no quarto.

A caneta é só instinto: traço e rabisco:

"Sendo velado na minh’alma…sem aprisco"


Tendo que sorrir para os corvos

Eu curvo, sem rima, sem beleza, e o ar sorvo
vejo o quanto é absurdo, triste ficar o meu eu,

pelo poema de rima pobre que feneceu ,


E quase caçando palavras no vocabulário limitado,
De tão cansado que estou, exausto e alquebrado
Vivo pedindo p'ro branco papel me ajudar, e absorto

Caem lágrimas no branco papel: poema natimorto.


Zynn Carvalho e Roselee Salles


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