Tinta
Meu poema está morto do enfarto
sem rima, sem beleza, sozinho no quarto.
A caneta é só instinto: traço e rabisco:
"Sendo velado na minh’alma…sem aprisco"
Tendo que sorrir para os corvos
Eu curvo, sem rima, sem beleza, e o ar sorvo
vejo o quanto é absurdo, triste ficar o meu eu,
pelo poema , sem rima e sem beleza, que feneceu ,
E quase caçando palavras no vocabulário limitado,
De tão cansado que estou, exausto e alquebrado
Vivo pedindo p'ro branco papel me ajudar, e absorto
Miro meu poema, no branco papel, natimorto.
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