O outono toca realejo
No pátio da minha vida,
Velha canção, sempre a mesma,
Sobe a vidraça descida...
Tristeza? Encanto? Desejo?
Como é possível sabê-lo?
Um gozo incerto e dorido
De carícia a contrapelo...
Partir, ó alma, que dizes?
Colher as horas, em suma...
Mas os caminhos do Outono
Vão dar em parte nenhuma!
(Mario Quintana)
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