terça-feira, 5 de agosto de 2008




CANÇÃO DE OUTONO

O outono toca realejo

No pátio da minha vida,

Velha canção, sempre a mesma,

Sobe a vidraça descida...


Tristeza? Encanto? Desejo?

Como é possível sabê-lo?

Um gozo incerto e dorido

De carícia a contrapelo...


Partir, ó alma, que dizes?

Colher as horas, em suma...

Mas os caminhos do Outono

Vão dar em parte nenhuma!



(Mario Quintana)




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