segunda-feira, 3 de novembro de 2008

TUDO QUE FAÇO

http://coracaosolitario.blogs.sapo.pt/arquivo/Mar.jpgAlinhar à esquerda
TUDO QUE FAÇO ou medito
Fica sempre na metade.
Querendo, quero o infinito.
Fazendo, nada é verdade.
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Que nojo de mim me fica
Ao olhar para o que faço!
Minha alma é lúcida e rica,
E eu sou um mar de sargaço -
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Um mar onde bóiam lentos
Fragmentos de um mar de além...
Vontades ou pensamentos?
Não o sei e sei-o bem.
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Fernando Pessoa, Cancioneiro. Poesia Completa, Editora Nova Aguilar, p. 172
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