"Todo este mundo quotidiano e visível, toda esta gente que bóia à superfície da vida, todas estas coisas que constituem os nomes e os feitos da história não são mais que erro e ilusão. Somos todos, não agentes, senão agidos - títeres de maiores que nós. Todo o nosso orgulho de conscientes e a nossa soberba de racionais são o títere que se orgulha de seus gestos. Na verdade o combate é aqui, mas não é nosso; não é connosco, somos nós. Não somos atores de um drama: somos o próprio drama - a antestreia, os gestos, os cenários. Nada se passa conosco: nós é que somos o que se passa"
Fernando Pessoa, in "Os Trezentos e Outros Ensaios"
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